Conheça os melhores sistemas de segurança de carros e motos, como escolhê-los e quanto custam, segundo o Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi)
Investir em equipamentos de segurança para o carro pode não só diminuir riscos, mas trazer vantagens como descontos nos seguros e serviços adicionais, como indicadores de velocidade, monitoramento da localização do veículo à distância e alertas sobre a hora de fazer manutenção do carro, como a troca de óleo. O Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) realiza, desde 2002, a avaliação técnica dos sistemas de segurança disponíveis no mercado, os bloqueadores, os rastreadores e os localizadores. Veja abaixo o que levar em conta na hora de escolher um sistema e quais equipamentos são aprovados pelo Cesvi em cada categoria:
Bloqueadores
O bloqueador é o mais básico entre os três equipamentos. Ele faz o bloqueio da ignição ou da bomba de combustível, em caso de disparo do alarme em uma tentativa de furto e também informa por meio do alarme o telefone da empresa de monitoramento, para que cheguem na central informações sobre o furto. A mensagem do alarme geralmente diz: “Este veículo está sendo roubado e é monitorado, ligue para 0800…”.
Segundo o Cesvi, o bloqueador tem um custo médio de 1.000 reais, cobrado pela compra do equipamento e a instalação no veículo. Tem também uma mensalidade, que custa em média 40 reais.
Localizadores
A principal função do localizador, como o nome sugere, é informar onde o carro furtado ou roubado está localizado. Esta localização é feita a partir do momento que o motorista percebe que o carro foi roubado e aciona a central de monitoramento da empresa que vendeu o produto. Ao ser informada, a central envia uma equipe ao local onde está o carro para poder visualizá-lo e avisar a polícia sobre a localização exata. Alguns dos equipamentos também possuem bloqueio de ignição, mas são a minoria.
“Quando o cliente liga para a central e o localizador é acionado, ele emite ininterruptamente um sinal via rádio passando a localização do carro. A desvantagem é que ele só avisa onde o carro está depois que é acionado. O sistema não tem um histórico e por isso não é possível saber onde o carro foi roubado e os caminhos que percorreu”, explica o analista do Cesvi.
Ele avalia que o produto tem retornos mais satisfatórios do que o bloqueador pela capacidade de localizar o carro, mas é um pouco menos eficiente que o rastreador, que possui uma tecnologia mais avançada (veja detalhes no próximo item).
O valor médio do equipamento é de 1.000 reais e a mensalidade média varia entre 50 e 60 reais.
Rastreadores
O rastreador é o mais avançado entre os três sistemas. Ele tem o mesmo objetivo do localizador, de informar ao motorista onde o carro roubado está localizado, mas tem a vantagem de permitir a consulta da localização do carro mesmo que o motorista não tenha ativado a central de atendimento.
Dessa forma, o motorista pode saber exatamente onde o veículo foi roubado e por onde ele passou em qualquer momento. “No rastreador, o acompanhamento é bem mais apurado do que no localizador, porque ele tem um histórico de armazenamento. O rastreamento é feito por uma antena de GPS e a comunicação é feita via celular”, explica Weingortner.
O equipamento custa entre 6.000 e 10.000 reais e as mensalidades partem de 250 reais. Segundo o analista do Cesvi, pagando um valor adicional de 10 a 15 reais, os rastreadores também podem oferecer serviços adicionais como o monitoramento da localização do carro pela internet, o monitoramento da velocidade percorrida e alertas sobre a o momento em que o carro deve passar por manutenções como troca de óleo e de pneus, de acordo com a quilometragem do veículo. “É possível, por exemplo, que um pai veja onde o seu filho andou com o carro e a velocidade que ele percorreu”, explica.
Descontos no seguro
O Cesvi não possui informações sobre a diminuição da incidência de roubos de carros que fazem a instalação dos equipamentos, mas uma boa medida sobre a eficácia dos produtos pode ser o desconto oferecido pelas seguradoras a veículos que têm os sistemas. “Quem tem os equipamentos ganha descontos de 5% a 30% do valor do seguro. O desconto varia de acordo com o equipamento e se a seguradora tem parceria com a empresa que vendeu o produto”, explica o analista do Cesvi.
Fonte: Revista Exame